Pesquisa da Microsoft aponta pirataria no CE

Category:


De 25 revendas de informática pesquisadas em Fortaleza, dez ofereceram cópias piratas do Windows

Para cada oferta de sistema operacional Windows genuíno à venda nas lojas de informática de Fortaleza, aproximadamente, uma outra revenda oferece uma cópia do software pirata. Segundo levantamento feito pela Microsoft, cujos dados locais foram cedidos ao Tecnoguia, 48% das revendas pesquisadas pela empresa no Ceará comercializam o Windows genuíno, enquanto 40% oferecem o produto pirateado.

Os dados fazem parte de uma pesquisa nacional que a Microsoft encomendou ao instituto americano Bare International, que utilizou a ferramenta Mystery Shopper (Comprador Misterioso) para avaliar o tipo de produto oferecido pelas revendas ao consumidor no momento da aquisição de um computador. A pesquisa avaliou 1.000 pequenas revendas e integradores de computadores de todo o Brasil. No Ceará, foram visitadas 25 lojas, todas em Fortaleza. A Microsoft não divulga os nomes das revendas.

O levantamento revela que, em todo o país, 27% das revendas comercializam cópias piratas do sistema operacional - o principal software para o funcionamento de um computador. O Centro-Oeste é a região que registra o maior número de ofertas com o software não genuíno, com índice de 40%, seguido pelo Nordeste com 31%, pelo Sul com 29% e pelo Norte com 27%. A região Sudeste registrou o índice mais baixo do levantamento, com 23%.

"Muitas vezes o consumidor não tem a mínima ideia de que está levando um Windows não original", comenta Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor do Grupo de Serviços Online e Consumo da Microsoft Brasil. O executivo argumenta que a comercialização de softwares não genuínos viola os direitos do consumidor, que é lesado ao adquirir um produto sem garantias e características do produto original.

Oliveira destaca que, ao adquirir um produto pirata, o usuário fica impedido de obter atualizações do software, suporte técnico gratuito, além de tornar seu computador mais vulnerável a programas maliciosos.

Vulnerabilidade

Uma pesquisa da consultoria IDC mostra que 25% dos sites que oferecem softwares piratas, tentavam instalar softwares maliciosos ou que poderiam causar danos ao computador. O IDC também revela que o número de arquivos infectados de alguma forma e que tentavam instalar arquivos não autorizados, baixados por meio de redes de download, chegava a 59%.

"Há muita ilegalidade ainda, mas o problema está diminuindo. Esse tipo de venda ainda acontece mais por falta de informação do usuário, que não sabe que os benefícios do software original são bem maiores. Na compra do Windows 7 original, por exemplo, o usuário ganha um antivírus", diz Olívio Mont´Alverne, gerente de produtos da loja Ibyte em Fortaleza. Segundo ele, as vendas do software genuíno da Microsoft na loja cresceram 60% de junho do ano passado até agora.

FERRAMENTAS ONLINE
Novo Office abre disputa com Google

A Microsoft lançou uma versão atualizada do Office na semana passada, com o objetivo de manter seu domínio sobre o lucrativo mercado de aplicativos de escritório e responder ao desafio das alternativas online gratuitas oferecidas por empresas como o Google.

Buscando não perder a batalha no campo nas ferramentas online, a maior produtora mundial de software atualizou e lançou versões online dos programas Word, Excel, Outlook e PowerPoint para atender à nova classe de usuários móveis e conectados à web.

A Microsoft anunciou diversas melhoras, entre as quais edição de fotos no Word, uso de vídeos no PowerPoint, colaboração online em documentos e novas formas de administrar conversações via e-mail. Mas a maior mudança é a adesão da Microsoft à "computação em nuvem", o que permite aos usuários manipular documentos armazenados em servidores remotos através da internet, um segmento no qual o Google vem ditando o ritmo.

Os usuários empresariais do Office terão acesso imediato ao Office Web Apps, com versões online do Word, PowerPoint e Excel que podem ser acessadas por celulares ou computadores.

Isso marca uma grande virada no rumo do Office, utilizado por 500 milhões de usuários de acordo com a Microsoft. Até agora, ele era distribuído apenas na forma de software para instalação em computadores.

A atualização coloca a Microsoft em concorrência direta com o Google Docs, que fornece versões simplificadas dos mesmos programas da Microsoft via Internet e sem necessidade de baixar software. O uso é gratuito para pessoas físicas e custa US$ 50 por usuário por ano para as empresas. O Google diz ter conquistado 25 milhões de usuários desde que lançou o Docs, quase quatro anos atrás.

Comments (0)