Brasil enfrenta Costa do Marfim

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A seleção brasileira tem no domingo contra a Costa do Marfim seu "dia D" para mostrar seu melhor futebol e se lançar como favorito à conquista da Copa do Mundo, após deixar para trás a ansiedade da estreia, quando superou sem brilho a Coreia do Norte por 2 a 1.
A vitória sobre os asiáticos, na terça-feira pelo Grupo G, deu à seleção a liderança da chave, após o empate entre Portugal e Costa do Marfim (0 a 0), mas não convenceu os torcedores e a imprensa, que esperavam um futebol melhor, principalmente para um time que luta para conquistar o sexto título mundial.
Após a partida, o técnico Dunga declarou que "a estreia é uma das partidas mais difíceis, há ansiedade, nervosismo, depois de passar por um período longo de treinos, então valeu iniciar ganhando...".
"Estou satisfeito com a vitória, foi nossa primeira partida e era natural que os jogadores entrassem em campo com mais ansiedade", ressaltou.
Entretanto, agora os jogadores não terão essa desculpa e precisam jogar por uma vitória no estádio Soccer City para conquistar antecipadamente a passagem às oitavas de final. Para isso, deverão superar uma equipe africana muito competente, liderada pelo atacante Didier Drogba.
Todos esperam uma vitória baseada em um jogo convincente, mostrando mais que o exposto na estreia, principalmente o astro Kaká, que correu pelo campo sem conseguir se destacar e acabou substituído no segundo tempo.
Precisamente, os olhos dos torcedores estão centrados no volante do Real Madrid, que vem de uma temporada difícil na liga espanhola e se recuperou há pouco tempo de uma lesão muscular.
Sua atuação nos últimos amistosos, contra o Zimbábue (3 a 0) e Tanzânia (5 a 1), não foi boa, ainda que tenha justificado estar em recuperação.
O jogador não deu mostras de sua capacidade e isso obrigou o Brasil a apelar para outros "salvadores", como o lateral Maicon (autor do primeiro gol) e o atacante Robinho, que assumiu em boa forma a função durante sua ausência.
A imprensa brasileira questionou o trabalho da defesa brasileira, considerada uma das melhores do mundo e comandada pelo capitão Lúcio e pelo goleiro Julio César (ambos do Inter de Milão), ante uma equipe fraca, abrindo inclusive espaço para um gol.
Mas os jogadores e o técnico Dunga utilizaram o mesmo discurso, afirmando que a Coreia do Norte jogou completamente fechada na defesa, realizando esporadicamente contra-ataques à espera de erros da seleção.
Em sua segunda partida isso não será justificável, já que os africanos têm outro poderio.
"O time da Costa do Marfim tem muita força física e a maioria de seus jogadores atua na Europa, sabe jogar bem. Acredito que será nossa partida mais difícil, pela forma com que atuam", afirmou o meio-campo Julio Batista.
Os antecedentes do Brasil no continente ante equipes africanas são positivos: conquistou 13 vitórias em 13 jogos e venceu a Copa das Confederações em 2009.
Assim, no domingo tudo parece indicar que o Brasil tem chances de se redimir ante os torcedores e a imprensa, exibindo um nível de futebol esperado para o pentacampeão mundial, ainda que o time de Dunga há tempos tenha trocado o "futebol arte" pela luta coletiva e colocado o resultado como prioridade.
Fonte: Globo.com

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